Vou contar os meus sentimentos um a um até chegar ao
fim. Vou contar quem foste sem saber para onde vais. Vou amar-te todos os dias
da minha vida até voltares para mim como um dia me prometeste. Começámos um
principio a pensar no nosso fim, e esse fim foi digno de um conto de fadas.
Obrigado pelos sorrisos embrulhados nos nossos cobertores de carinho. Obrigado
por teres conseguido libertar o meu coração. De mim para ti, aqui tens, um
cantinho só nosso.
''Dizer uma palavra é fácil, senti-la é que é difícil'' Sentimentos sem explicação, que se confundem no meu silêncio. Opiniões trocadas que embalam a minha ingenuidade. Sonhos desfeitos, que consomem a vida real. Lugares distantes, que abraçam a nossa história. Começos adiantados, que matam o futuro. Fins incompletos, que matam o presente.
domingo, 23 de outubro de 2016
-Arte-
A pele que eu senti, os lábios que quase me beijaram. Oh sim
faltou-me o ar.
O toque que eu desejo, o ciúme que eu sinto. A distância que
nos separa.
O vício que me acorrentou, a boca que chama por mim, não,
nada me pára.
A loucura da situação, o sentido que não existe. Sem dúvida,
disparate.
Mas sim quero voltar, sim quero repetir. O que tu fazes? Eu
chamo de arte.
27 de Março de 2011
-Veneno-
Estou presa ao meu próprio castigo, sem ter alternativa. Sem
conseguir fugir ao meu próprio veneno. Sou vazia, fria, louca. Tenho o coração
vazio de sentimentos e olhos cheios de lágrimas. Possuo um poder infinito que
não me deixa viver. Certas ausências que me fazem falta, saudades do passado.
Não sei ver, não sei ouvir, não sei alimentar falsas esperanças. Não conheço a
verdade nos olhos de ninguém, não sei medir a distância nem sei entender o
porquê das minhas atitudes. Liberdade que eu tenho e não aproveito, magia que
eu desejo mas não encontro. Obrigação que não quero aceitar. Algo espontâneo
que quero que aconteça mas que por mais que procure sei que não vou encontrar.
Tempo inimigo, mata um pedaço de mim a cada segundo que passa. Vida sem pontos
cardeais, que faz com que perca o meu Sul e o meu Norte. Salvação que exijo mas
que não sei onde procurar.
Porque é que acordo todas as manhãs sem ter um motivo para
sorrir ?
E se eu não dormir ? Ou se simplesmente não acordar ?-Reflexão-
Poderia escrever, poderia continuar a escrever. Mas depois
de tanto e ao mesmo tempo de tão pouco, nem as minhas palavras têm valor. O que
sinto já não se demonstra por sentimentos, mas sim por atitudes banais. A
velocidade a que ando na estrada, a maneira como me deito na almofada molhada,
a maneira como caminho em direcção ao nada. Podem dizer que sou boba, que não
sei viver, que estou a ser tola nesta altura da vida em que todos passam pelo
mesmo. Mas com todas as certezas eu digo, que 'todos' os outros não passaram
nem por metade, daquilo que o meu coração já passou. Nasci de maneira
diferente, nasci com um coração mais frágil que todos os outros e ao mesmo
tempo mais forte. Forte porque quando eu quero consigo curá-lo, frágil porque nem
sempre quero, e não querendo mata-me mais um bocadinho. Nasci também com pernas
diferentes, pernas essas que me conduzem a direcções que não quero frequentar,
mas eu sou assim. Tão grande e tão pequena ao mesmo tempo. Tenho tanta gente
mas muito poucos conseguem atingir o meu coração, mas os que atingem ficam com
ele para sempre. Porque as pessoas para mim não podem nem merecem ser
esquecidas, por mais asneiras que façam, tiveram sempre algum ponto positivo na
nossa vida. Podem ter errado, mas com certeza que também acertaram. E podem
chamar a isto desabafo, reflexão, o que quiserem. Isto sou eu. A minha maneira
de pensar distorcida do resto do mundo. Isto são planos infalíveis para tentar
viver com as permanentes ausências que possuem a minha vida. Porém, continuo
aqui, a sorrir. Porque os sorrisos irão ser sempre a máscara de uma alma
devastada. Volta para mim.
-Des(esperar por ti)-
Não quero
isto, porque isto foi tudo o que eu sempre quis. E a felicidade entrou sem
bater á minha porta, voltou sem avisar, juntamente com o medo e a insegurança.
Medo de te perder e a insegurança de querer ser o melhor para ti e talvez não
conseguir (...) Tudo o que fazes por mim é inacreditável e é tudo incerto
porque desta vez eu quis errar mas acertei (...) Obrigado, obrigado por teres
aparecido na minha vida (...) Somos uma equação que atinge sempre o valor
certo.
-Erro-
-Tempestade-
Estou cansada de percorrer este caminho que não existe nem
nunca vai existir. Caminho á espera que ele me leve a algum lugar mas não
existe lugar para mim. Talvez me sente, sento-me e espero que alguém me
encontre. Que me agarre e que me faça feliz. Mas não tenho esperança no futuro,
porque este presente é tão estúpido que vivo acorrentada ao passado. E hoje
deito-me sozinha, e espero que venha o sono. Pode ser que venhas tu também com
ele. Pois tenho saudades, tenho muitas saudades... de ti também. Tu, que já não
és tu. Tu, que não sentes, que não sorris, que não abraças, que não me
acarinhas. Tu, que não amas. Sim, é isso. Não tendo certezas de nada, penso que
talvez. Talvez o cupido tenha morrido, numa das tuas tempestades de palavras.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
-Ódio-
Deveria ter acreditado em mim quando te conheci.
Odiei-te.
Odiei cada segundo que fui obrigada a respirar o mesmo ar
que tu,
cada vez que por engano olhei para ti,
cada palavra tua que ouvia sem querer,
cada piada no ar sem um sorriso meu,
cada gesto sem sentido,
cada cheiro teu que o vento trazia na minha direcção,
cada vez que ouvi o meu nome na tua boca.
Odiei o teu ego que tentava superar o meu,
a tua pequena e inútil superioridade,
os teus defeitos horríveis que eram tantos em tão pouco
tempo,
as tuas virtudes monótonas e falsificadas, e principalmente:
Odiei o facto de não haver explicação para tanto ódio,
odiei a maneira como me fazias sentir,
odiei pensar que talvez fosse um exagero meu.
Odiei odiar-te.
Jurei a mim mesma que nunca mais iria olhar para ti, que
nunca mais te iria ouvir, que não irias voltar a tocar no meu nome, que o teu
ego, a tua superioridade, os teus defeitos e as tuas virtudes não se iriam
voltar a aproximar de mim. Jurei com toda a minha força, com toda a minha
convicção, com toda a minha fé.
Naquele dia jurei,
dias depois traí-me.
-Nosso (Re)Começo-
Encheste-me de mentiras. Por isso vou mentir para ti. Para
começar, isto não é nosso. È meu. Muito menos é um recomeço, isto é um fim.
Esta é a minha vez. A minha vez de te atingir com todas as verdades, de te
magoar com todos os meus sentimentos, de te sufocar com as palavras que nunca
te disse, de te comover ao contar a minha versão da história. Esta é a minha
vez de gritar, de rir, de lembrar. A tua vez de ouvires, de perceberes e de
acreditares.
-Adeus-
Adeus, vou-me embora. Levo-te comigo, sabendo que isso não é
o suficiente para um dia voltares.
Mas se tem de ser assim, quem sou eu para tentar mudar ? Se
em troca de vida pudesse voltar atrás no tempo e corrigir todos os nossos
erros, acredita em mim quando digo que eu dava a minha. Sem saída, farei as
malas.
Sem lembranças, sem forças, sem vontade de ir. Mas com
obrigações na mente e problemas no coração.
Um dia voltarei , mas não será
preciso me reconquistares, porque simplesmente... não te vou esquecer.-Bússola-
Mais do que tortura, é delírio.
Nem escrever consigo, porque tudo é negro.
Tudo me magoa, tudo me arde, tudo me fere.
Volta, apenas cinco minutos, para o pé de mim.
Apenas esses cinco, não te pedirei mais.
Porque esses cinco significam uma vida para mim.
Vida essa que sei, que nunca irei ter.
Maldita bússola que roda na tua direcção.
Maldita pessoa que me acorrenta
á emoção.
Eu sabia que um dia o fim iria chegar.
Mas chegou cedo demais e sem avisar.
Acabaste com o que havia em nós.
E agora aqui estou eu, a gritar até não ter voz.
Mais uma vez fui deixada para trás.
E eu que pensava que não serias capaz.
Mais uma rima no meio da poesia.
Um fim naquilo que eu criei um dia.
E hoje sim acredito na tua despedida.
E hoje sim, a minha raiva não
tem medida.-Goodbye-
Reparei
na beleza da noite, no seu silêncio, nas vidas acordadas que ela possui, na
Natureza que nela habita, no reflexo das luzes que brilha nos meus olhos...
porque esta noite, tiraste-me o sono. Porque hoje o quente da minha cama e o
carinho dos meus lençóis não foram o suficiente para me embalar e para me levar
para longe daqui. Porque hoje tudo é frio. A tua imagem, a tua presença, é tudo
um vácuo no meu coração. Hoje deste-me a receita para um coração despedaçado.
Ofereceste os ingredientes todos para que tudo fosse tremendamente implacável.
Um tiro no escuro, um risco que me levou à solidão. Hoje tracei o meu caminho,
e infelizmente ele não se cruza com o teu. Mas a vida é feita de desilusões, de
escolhas, de decisões. E mais tarde irei ter a esperança de um feliz amanhecer.
Porque afinal não eras o Sol, não passaste de um eclipse bem aqui, no meu
coração. Goodbye my lover, Goodbye my friend.
-Perdi-te-
Olho à volta e não te encontro, porque tu morreste. E eu
matei-me a seguir.
Eu tentei. Porque não fizeste o mesmo?
Juraste que me amavas, e essas juras ficaram guardadas na
ponte que cedeu.
Fujo de ti, e tu gostas. Amo-te, e tu odeias.
Adeus a ti, a mim, a nós, ao futuro, à história.
Fim incompleto que abala o meu coração.
Quis-te ouvir e fazer-te ver que era eu. A segunda parte do
teu ser.
Mas o que mais me custou, foi não me teres impedido de
partir.
Até um dia, incerto, mas poderoso.-Curva-
A maldade não vai entrar no meu coração.
Porque ele está mais
forte do que nunca.
Ele voltou a
ultrapassar ventos e tempestades.
E orgulho-me por
ter sobrevivido.
Fôs-te o
antídoto, a cura, a força.
E eu fui o veneno, a doença, a fragilidade.
Mas lutei,
amei, venci.
Não te venci a
ti, porque um prémio tu não és.
Mas venci o
alguém que eu era.
O alguém que
me consumia pouco a pouco.
Vou ter força
por ti, por mim, por nós.
Porque tu
pediste para eu ficar.
E eu sei que as
lágrimas que tu choraste não foram em vão.
E sei que me
amas, apesar de tudo o que passaste.
E é por isso que
tenho calma e tempo.
Tempo para esperar
por ti, calma porque vales a pena.
Porque és tu... o
sentido, a chama, a tatuagem, o brilho,
és tu o homem da
minha vida.
Volta !
-Vento-
Vento, leva-me as palavras. Assim como os momentos escritos
no meu pensamento. Ensina-me a voar. Para eu poder fugir ao que me enfraquece e
impede de lutar. Quanto mais me embalas mais eu sofro, por saber onde é o meu
lugar e tu não me deixares lá ficar. Tenho saudades da bússola que antes me guiava tão bem. Saudades dos ponteiros que nunca me desiludiam. Que traçavam a minha rota ao
pormenor. Vento, traz-me de volta aquilo
que me tiraste. Sente a brisa do meu coração a verter lágrimas pela tua chaminé
de saudade.
-Não posso-
Não posso mudar o passado. Só sei que não te quero perder.
Não posso ser mais do que sou. Só sei que isto tem de resultar. Não posso dar
mais de mim. Só sei que me dás o dobro de ti. Não posso ser alguém que não sou.
Só sei que por ti quero ser melhor. Não posso fingir que não me dói. Só sei que
sem ti dói muito mais. Não posso ignorar uma nova oportunidade. Só sei que
fazes parte dela. Não posso viver desta maneira. Só sei que quero viver junto
de ti. Não posso magoar-te. Só sei que o faço, e muito.
Compreendo que seja a tua vez. Só espero que eu tenha
coragem de aguentar aquilo que tu aguentaste. Espero que não haja o segundo fim
incompleto. Mas haja o que houver, espero por ti.
Não sei o que se passa, não consigo entender. A
história repete-se, com pessoas diferentes. Talvez seja mesmo assim, um inferno
sem fim, seja qual fôr o inferno, eu espero por ti.
-Grito-
Que farias
se não soubesses de mim? Amavas-me? Ou esquecias-me?
Encontra-me de novo. Aí
bem no teu coração. Talvez não, mas eu sei que sim. Que estou presente. Volta.
Agarra-me, não me deixes partir. Segura-te, não caias. Eu estou aqui. Irei
voltar a ver-te. No futuro, ou talvez não. Mas irei olhar para ti. Eu prometo.
Eu sinto.
NÃO, não me impeças de falar!
Acredita em mim, não sou aquilo que vês. Eu sou alguém que
se esconde por detrás de ti. E talvez não tenhas força suficiente para lá
chegares, mas por vezes, basta só tentares e eu farei um esforço para tirar o
inferno que te impede, para que tu possas tocar-me. Só uma última vez.
Não vais conseguir afastar-me. Sou quase tua, com todas as
dúvidas baralhadas nas mesmas certezas. Se sentires frio, chama o sol, vou
aquecer-te quando mais precisares. Vou brilhar por reflectir os teus olhos. Vou dizer-te enquanto tiver voz, porque NÃO, não me vou
calar... Vou dizer-te enquanto tiver voz, que és tu que eu amo. Ès tu que fazes
com que o algo que todos desconhecemos tenha sentido. Por mais que me afastes
vais-me ouvir, porque eu vou dizer-te. Não experimentes. Se não me esconder no
meio das palavras não te consigo alcançar. Por isso evita aquilo que quiseres,
tenta. Podes tentar. Mas não vais conseguir. Porque as palavras são como tu.
Uma vez escritas, ficam para sempre no nosso coração. Não consigo chegar ao
teu... mas consigo escrever nos teus pensamentos.
E agora... vem fazer com que eu
perca a voz !
-Preto e Branco-
Fazes-me sentir tão especial, quando lá no fundo não
significo nada para ti. E fazes-me voltar, depois com uma simples palavra
afastas-me para tão longe. Sou uma página do teu diário, já rasgada, já ultrapassada.
E um pedaço da tua vida, já gasto, já sem valor nenhum. Estes imensos sorrisos
que me rasgam a cara de tão grandes que são e logo de seguida, estas imensas
lágrimas que afogam os meus olhos por serem tão fortes. Desistes, á mínima
coisa. E não lutas, nunca. Preferes ficar sossegado e ver-me partir, do que
levantar-te e evitar que eu parta sem ti.
Sinto-me tão sem valor, sinto-me tão fraca, sinto-me tão
inútil. Se pudesse ficar com um pedacinho de ti, só um pedacinho, pequenino.
Mas tu tiras-me tudo. Tudo. Houve alturas que eu apreciava o teu desprezo, as
tuas respostas, o teu olhar frio, o teu toque tão sem sentido. Apreciava porque
para me tratares mal, tinhas de estar perto de mim, e se estavas perto de
mim...Pouco me importava a maneira como me tratavas.
Mas hoje percebi que não adianta estar perto de ti, não
adianta ouvir-te, não adianta abraçar-te, nem dizer-te que estou aqui. Não
adianta fazer-te feliz, não adianta ser eu própria. Porque a minha vida é cheia
de cores, mas tu transformas tudo a preto e branco.
As oportunidades vão desaparecendo, e eu sempre as
encontrei. Mas chega a uma altura que me canso de as procurar. Porque as
oportunidades não são fáceis de encontrar. Precisam de tempo para serem
perfeitas, precisam de um apoio para serem sinceras, precisam de força para
terem resultado. Tu deixas passar o tempo sem dares importância á perfeição. Tu
não me apoias e amarrotas a sinceridade. Fazes-me perder a força, e é óbvio que
elas nunca vão ter resultado.
Um dia vou escrever coisas bonitas, vou escrever sobre mim.
E apenas sobre mim.
Um dia vou conseguir virar a
página, e tu vais ficar apenas na introdução, porque não quiseste fazer parte
dos meus capítulos.-Pecar-
Sim, vou pecar.
Pecado que me ajuda a sorrir, que me ajuda a viver.
Que me
ajuda a crescer, que me ajuda a esquecer.
Vou perder a inocência e vou-me
sentir culpada. Culpada por tudo, e ao mesmo tempo heroína de mim mesma.
Aguardarei julgamento lá em cima, um dia. Ou talvez não.
Talvez faça o meu próprio julgamento. Sim, quero. Sim, preciso. È como oxigénio,
imprescindível. È como veneno, mortal.
Um dia terei a recompensa, a
recompensa do meu pecado.
E um dia estarei feliz, feliz a teu lado.
-Escrever sobre ti-
Porque
escrevo sobre ti? Porque sei que nunca vais ler. Porque cada palavra, cada
letra é como a chuva que lava o meu coração. Escrever sobre ti não quer dizer
que te quero de volta. Quer dizer sim que ainda te tenho presente no meu
pensamento. Não por boas razões. Mas por tu seres veneno que corre em mim. Que
me enche de ódio e me dá forças para não te querer ver. Partiste, e levaste
tudo contigo. Por isso não voltes. Segue o caminho que sempre quiseste. Vive
aquilo com que sempre sonhaste. Ignora-me, ofende-me, não lembres o passado. Eu
farei o mesmo, não por orgulho nem por frustação. Mas por não haver
alternativa. Agora eu sou eu e tu és tu, e custa-me a acreditar como é que
algum dia existiu um 'nós'.
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