domingo, 23 de outubro de 2016

-Tempestade-

Hoje eu sinto o que nunca senti, porque hoje eu cresci como nunca cresci.
Estou cansada de percorrer este caminho que não existe nem nunca vai existir. Caminho á espera que ele me leve a algum lugar mas não existe lugar para mim. Talvez me sente, sento-me e espero que alguém me encontre. Que me agarre e que me faça feliz. Mas não tenho esperança no futuro, porque este presente é tão estúpido que vivo acorrentada ao passado. E hoje deito-me sozinha, e espero que venha o sono. Pode ser que venhas tu também com ele. Pois tenho saudades, tenho muitas saudades... de ti também. Tu, que já não és tu. Tu, que não sentes, que não sorris, que não abraças, que não me acarinhas. Tu, que não amas. Sim, é isso. Não tendo certezas de nada, penso que talvez. Talvez o cupido tenha morrido, numa das tuas tempestades de palavras.